A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune, que acomete o sistema nervoso central causando dificuldades motoras e sensoriais, ocorre quando o sistema imunológico agride a bainha de mielina que recobre os neurônios, causando inflamação e desmielinização.
É a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo, sendo frequentemente diagnosticada em pacientes entre 20 e 40 anos que, na maioria das vezes, são mulheres.
A EM não tem cura, mas possui tratamento medicamentoso que visa reduzir o processo inflamatório, a frequência e gravidade dos surtos ao longo dos anos, assim como o número de internações hospitalares.
Geralmente, o quadro clínico de EM apresenta surtos ou ataques agudos que podem entrar em remissão de forma espontânea ou com o uso de corticosteroides.
A EM apresenta quatro formas de evolução clínica:
- Remitente-recorrente (EM-RR);
- Primariamente progressiva (EM-PP);
- Primariamente progressiva com surto (EM-PP com surto);
- E secundariamente progressiva (EM-SP).
SINAIS E SINTOMAS
- Fraqueza muscular permanente de um ou mais membros;
- Dor crônica;
- Depressão;
- Incontinência urinária;
- Alteração de humor e esquecimento;
- Tremores;
- Perda do equilíbrio;
- Visão embaçada e dupla;
- Transtornos cognitivos.
Atente-se aos sinais e sintomas da EM, bem como aos surtos esporádicos da doença, e procure um neurologista!
O diagnóstico em estágios iniciais permite um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.
DIAGNÓSTICO
Em geral, o diagnóstico é baseado na documentação de dois ou mais episódios sintomáticos, que devem durar mais de 24 horas e ocorrer de forma distinta, separados por período de no mínimo um mês. Alguns exames são solicitados para disponibilização dos medicamentos disponíveis no SUS, tais como:
- Laudo/relatório médico de Ressonância Magnética do encéfalo;
- Dosagem sérica – TGO (Transaminase Glutâmico Oxalacética);
- Dosagem sérica – TGP (Transaminase Glutâmico Pirúvica);
- Dosagem sérica – bilirrubinas;
- Dosagem sérica – fosfatase alcalina;
- Dosagem sérica – GGT (Gama Glutamiltransferase);
- Hemograma.
TRATAMENTO
Apesar de não ter cura, os tratamentos medicamentosos da EM visam reduzir o processo inflamatório, a frequência e gravidade dos surtos ao longo dos anos, assim como o número de internações hospitalares.
Para conseguir o tratamento medicamentoso disponível no Componente Especializado do SUS é necessário:
CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE (CID-10) PARA OBTENÇÃO DOS MEDICAMENTOS DO COMPONENTE ESPECIALIZADO:
- G35 Esclerose Múltipla.
FÁRMACOS OFERTADOS PELO SUS PARA TRATAMENTO DA EM:
1. Componente Especializado:
- Azatioprina 50 mg;
- Betainterferona 1A 12.000.000 UI (44 mcg); 1A 6.000.000 UI (22 mcg); 1A 6.000.000 UI (30 mcg) e 1B 9.600.000 UI (300 mcg) injetável;
- Fingolimode 0,5 mg;
- Fumarato de Dimetila 120 mg e 240 mg;
- Glatiramer 40 mg injetável;
- Natalizumabe 300 mg injetável;
- Teriflunomida 14 mg.
2. Componente Básico:
- Metilprednisolona: frascos contendo 500 mg injetável.
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REFERÊNCIAS:
- Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Esclerose Múltipla, 2022.Disponível em: https://saude.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/06/31_esclerosemultipla_v26.pdf. Acesso em: 28-08-22.
- PORTARIA CONJUNTA Nº 1, DE 07 DE JANEIRO DE 2022. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20220201_portal_portaria_conjunta_1_pcdt_esclerose_multipla.pdf. Acesso em: 28-08-22.