Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) X Esclerose Múltipla (EM), veja as diferenças!
A Esclerose Múltipla (EM) acomete o sistema nervoso central, como uma doença autoimune, isso é, o sistema imunológico detecta células saudáveis como patógenos e as ataca.
Já a causa, os sintomas e a evolução da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) são totalmente diferentes daquelas da EM.
A ELA é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda progressiva de células responsáveis por controlar os movimentos voluntários dos músculos do corpo, conhecidas como neurônios motores.
Pacientes com a condição desenvolvem paralisia irreversível e, por isso, é extremamente importante que eles iniciem o tratamento o quanto antes.
VEJA NO QUADRO ABAIXO O RESUMO DAS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE EM X ELA
AME
Iremos abordar a seguir as principais informações contidas no Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA.
A ELA embora não tenha cura, possui tratamento que visa melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença.
Indivíduos com idade entre 55 e 75 anos são os mais acometidos, no entanto, ainda não se sabe o que leva à destruição dessas células nervosas.
SINAIS E SINTOMAS
As principais manifestações clínicas da ELA são:
- Fraqueza muscular;
- Cãibras musculares;
- Alterações na fala (disartria);
- Dificuldade para engolir (disfagia);
- Dificuldade para respirar;
- Atrofia dos músculos acometidos;
- Perda da coordenação motora;
- Contrações musculares rápidas e involuntárias (fasciculações);
- Incontinência emocional (choro e riso incontroláveis).
Além dos sinais e sintomas causados pela perda neuronal, os pacientes podem apresentar achados clínicos indiretamente relacionados à doença, como constipação, alterações psicológicas e do sono, espessamento de secreções mucosas, excesso de saliva (sialorreia), sintomas de hipoventilação crônica e dor.
A Esclerose Lateral Amiotrófica não afeta os sentidos (visão, olfato, paladar e audição) e raramente atinge a musculatura da bexiga e dos olhos. A inteligência e a memória do indivíduo não são prejudicadas.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito com base na observação dos sinais e sintomas e em exames complementares, como eletroneuromiografia, exames de sangue e ressonância magnética de encéfalo e junção crânio-cervical. Além disso, é importante a exclusão de outras patologias neurológicas com manifestações clínicas semelhantes.
TRATAMENTO
O tratamento da ELA envolve uma equipe multidisciplinar e deve ser feito com vistas a melhorar a qualidade de vida, reduzir a velocidade de progressão da doença e aumentar a sobrevida do indivíduo afetado.
De acordo com a necessidade de cada paciente, podem ser recomendados: fisioterapia, suporte nutricional, medicamentos, suporte ventilatório, uso de órteses ou de cadeira de rodas e outros.
CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE (CID-10) PARA OBTENÇÃO DOS MEDICAÇÃO DE ALTO CUSTO:
G12.2 Doença do neurônio motor.
FÁRMACOS OFERTADOS PELO SUS PARA ELA
1. Componente Especializado ou de Alto Custo:
- Riluzol.
Em caso de dúvida ou suspeita de Esclerose Lateral Amiotrófica, procure uma unidade de saúde!
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Fonte:
- PORTARIA CONJUNTA nº 13, DE 13 DE AGOSTO DE 2020, Conitec, ano 2020. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Protocolos/Portaria_Conjunta_PCDT_ELA.pdf. Acesso em: 20-06-22.
- Dia Nacional de Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/21-6-dia-nacional-de-luta-contra-a-esclerose-lateral-amiotrofica-ela/. Acesso em: 20-06-22.
- Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) X Esclerose Múltipla (EM), Amigos Múltiplos pela Esclerose -AME. Disponível em: https://amigosmultiplos.org.br/noticia/esclerose-lateral-amiotrofica-e-esclerose-multipla-sao-doencas-parecidas/. Acesso em: 20-06-22.