O Comitê de Medicamentos da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisou o uso do medicamento dapagliflozina para tratar pacientes com DM2 (diabetes tipo 2) que estão em alto risco de ter doenças cardiovasculares ou que já têm doenças cardiovasculares estabelecidas e estão entre 40 e 64 anos de idade. O Comitê recomendou ampliar o uso desse medicamento pelo SUS para esse grupo.
Atualmente, o uso da dapagliflozina é recomendado para pacientes com DM2 que têm 65 anos ou mais e doença cardiovascular estabelecida, mas não conseguiram controlar a doença com tratamento otimizado com metformina e sulfonilureia (glicazida e glibenclamida). Quando o paciente não consegue tolerar a dapagliflozina ou não alcança a meta terapêutica, recomenda-se introduzir a insulina no tratamento.
O DM2 é um problema metabólico causado por uma falha na ação do hormônio insulina, que ajuda a regular o açúcar no organismo. É uma doença comum e está associada à idade avançada, excesso de peso, maus hábitos alimentares e sedentarismo. O Brasil é o quinto país com o maior número de casos de DM2 no mundo, com mais de 16,6 milhões de pessoas diagnosticadas.
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do DM2 inclui pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de DM2, com ou sem complicações microvasculares ou macrovasculares. O tratamento inclui educação sobre a doença, mudanças no estilo de vida como alimentação saudável e exercícios físicos regulares, além de medicamentos orais ou injetáveis para controlar a doença. O tratamento deve ser adaptado para atender as necessidades individuais de cada paciente.
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Fonte: Conitec
