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Psoríase – Uma doença crônica com tratamento disponível no SUS!

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, que se manifesta, principalmente, por lesões avermelhadas e descamativas na pele, afetando também as unhas e as articulações.
Psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, que se manifesta, principalmente, por lesões avermelhadas e descamativas na pele, afetando também as unhas e as articulações.

Atinge pessoas de qualquer faixa etária e possui um curso recidivante, ou seja, apresenta lesões que desaparecem e reaparecem periodicamente.

A causa da doença ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja multifatorial e que esteja relacionada ao sistema imunológico, à suscetibilidade genética e às interações com o meio ambiente.

Fatores como estresse, tempo frio, obesidade, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, infecções (estreptococo, HIV) e alguns medicamentos, como os antimaláricos, podem desencadear ou agravar o quadro clínico da enfermidade. Além disso, o histórico familiar de psoríase também pode aumentar as chances de uma pessoa ter a doença.

Apesar de existirem outras formas clínicas, a psoríase em placas ou vulgar é a mais frequente, afetando 80% a 90% dos pacientes. Ela pode se manifestar em qualquer parte da pele, sendo mais comum no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

Outros tipos de psoríase:

  • Psoríase gutata: pequenas feridas em forma de gota;
  • Psoríase invertida: atinge principalmente áreas úmidas, como as axilas;
  • Psoríase ungueal: afeta as unhas das mãos e dos pés;
  • Psoríase do couro cabeludo: lesões avermelhadas e descamativas no couro cabeludo;
  • Psoríase pustulosa: apresenta bolhas com pus;
  • Psoríase eritrodérmica: acomete todo o corpo com manchas vermelhas; e
  • Artrite psoriásica: acomete as articulações.

Cerca de 30% dos pacientes com psoríase podem apresentar acometimento articular, sendo necessário o reconhecimento precoce dessa manifestação para iniciar o tratamento apropriado.

Além disso, os portadores de psoríase têm maior chance de apresentar diabetes, hipertensão arterial, obesidade, doenças cardiovasculares e depressão. Caso exista a presença dessas doenças, o tratamento deve incluir o controle das mesmas.

A enfermidade é, muitas vezes, vista com preconceito por outras pessoas que desconhecem a causa das lesões aparentes na pele. Por essa razão, no Dia Mundial da Psoríase, comemorado em 29 de outubro, busca-se esclarecer e divulgar informações sobre a doença, estimulando a inserção social e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Embora não exista cura para a psoríase, é possível mantê-la controlada e sem ou quase sem lesões. Ela afeta 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil.

Sintomas

Os sintomas variam entre pacientes e conforme o tipo da doença, mas podem incluir:

  • Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
  • Pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós lesões;
  • Pele ressecada e rachada;
  • Coceira, queimação e dor;
  • Unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões puntiformes;
  • Inchaço e rigidez nas articulações.

Diagnóstico

O diagnóstico da psoríase é feito com base na apresentação clínica, sendo necessário a biópsia de pele para confirmação em casos duvidosos.

Outras condições como eczemas, micoses, lúpus cutâneo e líquen plano devem ser descartadas.

Além disso, métodos como o Índice de Qualidade de Vida Dermatológico (DLQI) e o Psoriasis Área and Severity Index (PASI) são usados para avaliar a gravidade da psoríase e a efetividade da intervenção terapêutica. 

Tratamento

Os tratamentos disponíveis para controle da psoríase levam em consideração o tipo e o grau (leve, moderada ou grave) da doença, bem como as comorbidades dos pacientes e as contraindicações para os fármacos que possam vir a apresentar. 

Nos casos leves, o uso de medicamentos tópicos, como cremes e pomadas, a hidratação da pele e a exposição diária ao sol, sob a orientação do dermatologista, podem melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas.

Já nos casos moderados a graves, além dos cuidados citados para os casos leves, são acrescentados medicamentos sistêmicos, como fototerapia (exposição da pele à luz ultravioleta), metotrexato, acitretina, ciclosporina e medicamentos biológicos injetáveis como adalimumabe, etanercepte, ustequinumabe, secuquinumabe e • Risanquizumabe.

Em muitos casos, as opções terapêuticas são combinadas para obter rápida melhora clínica e controle da doença em longo prazo.

A alimentação balanceada e a prática de atividade física também podem contribuir para o desaparecimento dos sintomas e controle da doença.

Fármacos ofertados pelo SUS

  • Ácido salicílico (pomada);
  • Alcatrão mineral (pomada);
  • Clobetasol (creme e solução capilar);  
  • Dexametasona (creme);
  • Calcipotriol (pomada); 
  • Acitretina (cápsulas); 
  • Metotrexato (comprimidos e solução injetável);
  • Ciclosporina (cápsulas, solução oral e solução injetável); 
  • Adalimumabe (solução injetável);
  • Etanercepte (solução injetável); 
  • Ustequinumabe (solução injetável);
  • Secuquinumabe (pó para solução injetável);
  • Risanquizumabe (solução injetável).

Impacto na qualidade de vida

Apesar de não ser contagiosa, os pacientes com psoríase sofrem muito preconceito por causa das lesões aparentes na pele. O impacto da doença não fica restrito às manifestações no corpo e também pode causar depressão, ansiedade, ganho de peso e ideações suicidas.

No entanto, as comorbidades psiquiátricas podem piorar o curso da psoríase. Assim, a recomendação de terapias de suporte, como a psicoterapia, se tornam importantes aliadas no manejo da doença.

Com os tratamentos disponíveis atualmente, é possível viver sem ou quase sem lesões e ter boa qualidade de vida. Quanto mais precoce for realizado o diagnóstico, mais fácil será o tratamento. Procure um médico dermatologista!

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Fontes:

Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD

PCDT Psoríase

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