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Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Todos os anos, na terceira quarta-feira do mês de novembro, celebra-se o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, também conhecida como DPOC. A campanha anual tem por objetivo aumentar e melhorar o conhecimento público a respeito da doença, reforçando que ela pode ser prevenida e tratada.

 

A DPOC é uma enfermidade respiratória, geralmente progressiva, caracterizada por limitação do fluxo aéreo pulmonar.

 

Essa limitação é decorrente de uma resposta inflamatória excessiva à inalação de partículas ou gases tóxicos, principalmente devido ao tabagismo, fator responsável por 80 a 90% dos casos de DPOC. 

 

A enfermidade pode se apresentar na forma de bronquite crônica, quando a inflamação provoca alterações nos brônquios, e/ou enfisema pulmonar, quando ocorre a dilatação dos alvéolos e destruição de suas paredes. Ambas causam a perda progressiva da função pulmonar e podem se manifestar na mesma pessoa.

 

A medida preventiva isolada mais eficiente e de melhor custo-efetividade é a cessação do tabagismo. O controle da exposição à fumaça do tabaco, poluentes domiciliares e poeiras e produtos químicos ocupacionais também são importantes para prevenir a enfermidade  e reduzir a progressão dos casos já diagnosticados.

 

Embora não tenha cura, os tratamentos disponíveis para DPOC são capazes de controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e reduzir as complicações, melhorando a qualidade de vida do paciente. 

 

Fatores de risco

 

Além do tabagismo, outros fatores podem causar a enfermidade em indivíduos que nunca fumaram. Os principais fatores de risco são:

 

  • Tabagismo;
  • Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene);
  • Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos;
  • Infecções respiratórias graves e recorrentes na infância;
  • Suscetibilidade individual;
  • Desnutrição na infância;
  • Deficiências genéticas (menos de 1% dos casos), como de alfa-1 antitripsina.

 

Sintomas

 

Os sinais e sintomas frequentes são:

 

  • Falta de ar; 
  • Tosse crônica; 
  • Expectoração; 
  • Chiado no peito; e
  • Cansaço.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico de DPOC deve ser considerado quando o indivíduo apresenta sinais e sintomas respiratórios crônicos, além de fatores de risco para a doença. Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito em pacientes com mais de 40 anos de idade. 

 

A suspeita clínica da doença é indicação para a realização da espirometria, exame de função pulmonar capaz de confirmar o diagnóstico de DPOC.

 

Além disso, outros exames complementares podem ser solicitados como radiografia de tórax, hemograma e dosagem de alfa-1 antitripsina.

 

Tratamento

 

O tratamento é definido a partir da avaliação da gravidade da doença, sendo necessário considerar o nível de comprometimento da função pulmonar, a intensidade dos sintomas, a frequência das exacerbações e a presença de complicações.

 

Com o tratamento adequado é possível controlar os sintomas, prevenir e tratar as exacerbações, melhorar a tolerância aos exercícios, retardar a progressão da doença, melhorar a qualidade de vida e reduzir a mortalidade.

 

Tratamento não medicamentoso

 

O tratamento não medicamentoso envolve educação em saúde, cessação do tabagismo, realização de exercícios físicos regulares, apoio psicossocial, orientação nutricional, vacinação, reabilitação pulmonar e oxigenoterapia.

 

A cessação do tabagismo deve ser incentivada em todos os pacientes com DPOC, uma vez que o tabagismo ativo reduz consideravelmente a efetividade das intervenções terapêuticas, além de estar associado ao declínio mais rápido da função pulmonar e ao pior prognóstico.

 

Tratamento medicamentoso

 

Os broncodilatadores são os principais medicamentos indicados para o tratamento da DPOC. Eles podem ser administrados regularmente ou conforme a necessidade, para prevenir ou reduzir os sintomas.

 

Além dos broncodilatadores, corticosteroides inalatórios e sistêmicos não inalatórios podem ser recomendados. Os últimos são usados para o controle das exacerbações moderadas a graves e preferencialmente administrados por via oral.

 

Para a administração dos broncodilatadores e dos outros corticosteroides, a via inalatória deve ser escolhida sempre que possível, sendo fundamental a instrução do paciente para o uso correto dos dispositivos inalatórios.

 

Fármacos ofertados pelo SUS

 

  • Beclometasona
  • Budesonida 
  • Formoterol + budesonida 
  • Fenoterol 
  • Formoterol 
  • Salbutamol 
  • Salmeterol 
  • Prednisona 
  • Prednisolona 
  • Hidrocortisona 
  • Brometo de ipratrópio

 

A adesão ao tratamento do paciente com DPOC é fundamental para melhorar a qualidade de vida. Dessa forma, pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento devem ser reavaliados para identificar se a intervenção está sendo realizada corretamente.

 

Em caso de dúvida ou suspeita de DPOC, procure um médico!

 

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Fontes:

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

PCDT Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Cadernos de Atenção Básica – Doenças Respiratórias Crônicas

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