O Dia Mundial da Espondilite Anquilosante, lembrado no mês de maio, foi instituído para aumentar a conscientização da população a respeito dessa enfermidade, sobretudo em relação aos seus sinais e sintomas.
A espondilite ancilosante ou anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas, sendo mais comum em adultos jovens, geralmente, homens entre 20 e 30 anos de idade.
Essa condição pode evoluir com rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial. Se não tratada, pode causar a fusão das vértebras (anquilose) e a diminuição ou perda da mobilidade da coluna, bem como danificar outras articulações.
Além disso, pode levar ao desenvolvimento de outras complicações como inflamação nos olhos (uveíte), problemas cardíacos (insuficiência aórtica, distúrbios de condução cardíacos) e lesões pulmonares (fibrose pulmonar).
Embora não tenha cura, a EA pode ser controlada e tratada. Seu tratamento é oferecido gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Sinais e sintomas
As principais manifestações clínicas da doença incluem:
- Dor persistente e sensação de rigidez matinal na parte inferior da coluna (coluna lombar), que pode se espalhar do pescoço até as nádegas;
- Dor e inchaço em outros locais (artrite periféricaa, entesiteb e dactilitec).
A dor lombar persiste por mais de três meses, melhora com exercícios e piora com repouso.
Outros sintomas como perda de apetite e cansaço, também podem surgir.
a: inflamação em uma ou mais articulações periféricas.
b: inflamação dos pontos de inserção de tendões e ligamentos no osso.
c: inflamação dos dedos das mãos ou dos pés.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base na história do paciente, no relato dos sintomas e em critérios de classificação.
Esses critérios são utilizados para facilitar a identificação das características mais importantes da enfermidade, sendo os critérios ASAS (Assessment of SpondyloArthritis International Society) e os critérios de classificação modificados de Nova Iorque os mais empregados na prática clínica.
Além disso, para avaliar a atividade da doença em pacientes com EA, utiliza-se escores validados, como o ASDAS (Ankylosing Spondylitis Disease Activity Score) e o BASDAI (Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index). Esses escores são úteis para definir e monitorar o tratamento.
Tratamento
Apesar de não existir cura para a doença, o tratamento precoce e adequado pode reduzir os sintomas (inflamação e dor), manter a flexibilidade das articulações acometidas, reduzir as limitações funcionais, manter a aptidão para o trabalho, reduzir complicações associadas à doença (como a uveíte, por exemplo) e manter a postura normal.
O tratamento ideal inclui condutas medicamentosas e não medicamentosas.
| Tratamento medicamentoso | Tratamento não medicamentoso |
| – Anti-inflamatórios não esteroidais (AINE);- Glicocorticoides;- Medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD – sintéticos ou biológicos). | – Educar o paciente quanto à sua condição;- Praticar exercícios físicos regularmente. |
Fármacos ofertados pelo SUS
- Ibuprofeno
- Naproxeno
- Sulfassalazina
- Metilprednisolona
- Metotrexato
- Adalimumabe
- Etanercepte
- Infliximabe
- Golimumabe
- Certolizumabe pegol
- Secuquinumabe
Em caso de dor nas costas persistente, procure uma unidade de saúde!
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Fontes:
Sociedade Brasileira de Reumatologia
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