De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), cerca de 2,5 milhões de brasileiros com mais de 40 anos podem sofrer com a doença crônica.
O Glaucoma quando diagnosticado oportunamente, pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo, evitando a perda da visão.
Fatores de risco associados ao desenvolvimento do Glaucoma:
- Idade acima de 40 anos;
- Histórico familiar da doença;
- Etnia africana (para glaucoma de ângulo aberto) ou asiática (para glaucoma de ângulo fechado);
- Presença de miopia em graus altos;
- Diabetes.
Considerando o caráter insidioso da doença, é muito importante que todas as pessoas que fazem parte do grupo de risco realizem o acompanhamento médico oftalmológico. Na maioria dos casos, a doença é assintomática em estágios iniciais. Sintomas como dificuldade para enxergar e visão turva, só serão percebidos quando a doença estiver avançada.
Inicialmente, o paciente não tratado perde a visão periférica (vê bem o que está na sua frente, mas não enxerga o que está nas laterais) e, posteriormente, a visão central também é afetada, podendo evoluir para cegueira.
Os sintomas mais comuns são:
- Vermelhidão, inchaço e/ou dor aguda nos olhos;
- Embaçamento ou perda progressiva da visão;
- Olhos lacrimejantes;
- Fotofobia (sensibilidade à luz);
- Dor nos olhos;
- Dor de cabeça;
- No trato gastrointestinal pode causar náuseas.
O diagnóstico da enfermidade pode incluir a avaliação da pressão ocular, do nervo óptico, do campo visual, do ângulo da câmara anterior e da espessura da córnea, além de exames de imagem.
IMPORTANTE!
Quanto antes for feito o diagnóstico, menores serão as chances de problemas na visão.
O tratamento consegue apenas manter a visão do paciente, pois não é possível recuperar as partes do nervo que foram lesionadas. Por isso, identificar a enfermidade ainda nos estágios iniciais é fundamental.
Tratamento do Glaucoma
O Glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado. O objetivo do tratamento é reduzir a pressão intra-ocular e, para isso, podem ser recomendados colírios, laser e/ou cirurgias, a depender do tipo e do estágio da doença. Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico oftalmologista.
Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-10) para obtenção de medicamentos:
- H 40.1 Glaucoma primário de ângulo aberto;
- H 40.2 Glaucoma primário de ângulo fechado;
- H 40.3 Glaucoma secundário a traumatismo ocular;
- H 40.4 Glaucoma secundário a inflamação ocular;
- H 40.5 Glaucoma secundário a outros transtornos do olho;
- H 40.6 Glaucoma secundário a drogas;
- H 40.8 Outro glaucoma;
- Q15.0 Glaucoma congênito.
Os Centros de Referência devem realizar o diagnóstico, o tratamento com a aplicação intra-ocular dos medicamentos quando necessário, e acompanhamento da resposta terapêutica.
Os Centros de Referência devem ser credenciados pelo gestor estadual e regularizados perante a Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde.
Fármacos ofertados pelo SUS para Glaucoma:
- Acetazolamida 250 mg – comprimido;
- Bimatoprosta 0,3 mg/mL solução oftálmica;
- Brimonidina 2,0 mg/mL solução oftálmica;
- Brinzolamida 10 mg/mL suspensão oftálmica;
- Dorzolamida 20 mg/mL solução oftálmica;
- Latanoprosta 0,05 mg/ml solução oftálmica;
- Pilocarpina 20 mg/ml solução oftálmica;
- Timolol 5,0 mg/ml solução oftálmica;
- Travoprosta 0,04 mg/ml solução oftálmica.
- Manitol solução intravenosa a 20%.
Em caso de dúvida ou suspeita de glaucoma, procure uma unidade de saúde!
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Fonte:
- Portaria Conjunta nº 11, 02 de abril de 2018, Ministério da Saúde. Ano 2018. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2018/glaucoma-pcdt.pdf. Acesso em: 06-07-22.
- Medicamentos para Tratamento de Glaucoma. Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Disponível em: https://saude.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/06/39b_glaucoma_v3_-_servicos_de_referencia-2.pdf. Acesso em: 06-07-22.
