A tecnologia faz parte do projeto Terapia Fotodinâmica Brasil (TFD), iniciado em 2012 na USP, e recebeu financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), em conjunto com o Ministério da Saúde. Essa é a primeira demanda de uma universidade para incorporação de uma tecnologia no SUS, representando um caso de sucesso da inovação tecnológica no país.
A terapia fotodinâmica foi recomendada para pacientes com câncer de pele não melanoma do tipo carcinoma basocelular superficial e nodular, nos casos em que a cirurgia não é recomendada. A tecnologia apresenta resultados promissores a longo prazo, com índice de cura da doença mantido em 90%.
O Câncer de Pele é um tumor que atinge a pele, sendo o câncer mais frequente no Brasil e no mundo. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos e é considerado raro em crianças e pessoas negras. Causado principalmente pela exposição excessiva ao sol.
O Câncer de Pele Melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.
O processo de avaliação da terapia fotodinâmica passou por etapas anteriores na Conitec, com uma recomendação preliminar desfavorável em 2020. No entanto, com a apresentação de novas informações técnicas e relatos de experiências reais na consulta pública, a Conitec reconsiderou sua posição e recomendou a incorporação no SUS.
A decisão final agora cabe ao secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, e será publicada no Diário Oficial da União. A incorporação da terapia fotodinâmica no SUS representa um avanço significativo no tratamento do câncer de pele, oferecendo uma opção menos agressiva aos pacientes que não podem passar pela cirurgia ou que aguardam o procedimento.
Esse é mais um exemplo do papel central das universidades brasileiras na inovação, impulsionando a pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologias que atendem às necessidades do SUS. A Conitec destaca a importância da participação das instituições acadêmicas no processo de incorporação e oferta de novas tecnologias na saúde.
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Fonte: CONITEC