O Dia Nacional da Esclerose Múltipla (30/08) foi instituído para aumentar a visibilidade da doença e informar a população acerca dos desafios enfrentados pelos pacientes que a possuem.
A esclerose múltipla é uma doença crônica e autoimune que acomete o sistema nervoso central (SNC) e ocorre quando o sistema imunológico agride a bainha de mielina que recobre os neurônios, causando inflamação e desmielinização.
É a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo, sendo frequentemente diagnosticada em pacientes entre 20 e 40 anos que, na maioria das vezes, são mulheres.
Geralmente, o quadro clínico apresenta surtos ou ataques agudos que podem entrar em remissão de forma espontânea ou com o uso de corticosteroides.
A esclerose múltipla apresenta quatro formas de evolução clínica:
- Remitente-recorrente (EM-RR);
- Primariamente progressiva (EM-PP);
- Primariamente progressiva com surto (EM-PP com surto);
- E secundariamente progressiva (EM-SP).
A EM-RR é a forma mais frequente, sendo a EM-SP uma evolução natural da forma remitente-recorrente em 50% dos casos após 10 anos do diagnóstico (em casos sem tratamento). As formas primariamente progressiva com e sem surto (EM-PP e EM-PP com surto) correspondem a 10%-15% de todos os casos.
A esclerose múltipla não tem cura, mas possui tratamentos medicamentosos que visam reduzir o processo inflamatório e a frequência e gravidade dos surtos ao longo dos anos, assim como o número de internações hospitalares. Tratar os sintomas e a doença é muito importante para a qualidade de vida dos pacientes.
Além do tratamento farmacológico, é recomendado tratamentos complementares que abrangem outras necessidades, como fisioterapia, apoio psicológico, fonoterapia e terapia ocupacional, melhorando o bem-estar daqueles que convivem com a doença.
Atente-se aos sinais, como surtos esporádicos, e procure um neurologista! O diagnóstico em estágios iniciais permite um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.
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